Naiá Aiello
O assassinato dos pais planejado por Suzane Von Richtofen e executado pelos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, namorado de Suzane. O recente caso Isabella, de cinco anos, que foi asfixiada e jogada pela janela do sexto andar de um edifício pelo pai e madrasta. Crimes hediondos como estes chocam a sociedade brasileira de tal maneira pela crueldade adotada pelos acusados.
Do mesmo modo dos assassinatos citados acima, o caso Champinha causou polêmica inesperada e profunda indignação da sociedade. O jovem Roberto Aparecido Alves Cardoso, de 16 anos, conhecido como Champinha, torturou e matou Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Caffé, de 19. Acredita-se, ainda, que o acusado estuprou e manteve Liana em cativeiro por quatro dias antes de assassiná-la cruelmente. O crime ocorreu no dia 5 de novembro de 2003 na região de Embu-Guaçu, interior de São Paulo, local no qual o casal acampava e colocou em foco o debate acerca da diminuição da maioridade penal no Brasil. Influenciada pela imprensa, a consolidação da discussão tem em sua estrutura uma tendência conservadora proveniente da sociedade.
Com o tema: “Caso Champinha: o papel da imprensa paulista na consolidação de uma mentalidade social punitiva”, a monografia de Vanessa Aparecida Araújo Correia em seu trabalho de conclusão de curso discute o papel da mídia na punição – muitas vezes antecipada – de acusados por crimes de muita polêmica.